domingo, 19 de setembro de 2010

A busca da perfeição

A busca pelo belo sempre foi uma constante presente nas artes e na literatura. Até mesmo na pré-história existiram arquétipos de beleza. Naquela época, por exemplo, a mulher ideal tinha que ter o ventre e os seus volumosos, para desta maneira demonstrar a fertilidade da casa e da terra. Nota-se que o conceito de beleza muda de acordo com as exigências do meio, de período em período.


A globalização possibilitou uma maior intercomunicação entre as mais variadas culturas. Graças a ela, os muros imaginários das fronteiras foram derrubados, misturando assim: gestos, sons e estereótipos. Porém, essa mescla de costumes, não se deu de maneira uniforme, posto que os países mais influentes, como os europeus e os norte-americanos, sobrepujaram-se aos demais, contribuindo para tal divergência.


Os Estados Unidos, por exemplo, no século XIX, ditaram para o mundo um modo de vida baseado na beleza, na luxúria e no luxo, com a compra de carros, casas e a ida constante às festas, os americanos criaram o “American way of life”. Os cinemas e as novelas da época assimilaram e passaram a reproduzir esta maneira ilusória de viver. Entretanto, muitas pessoas começaram a se comportar e a se vestir, conforme os filmes, buscando desta forma uma perfeição divina, inexistente no planeta Terra.


A televisão e a internet, de tempos em tempos, criam e levantam para si deuses humanos, para serem copiados e adorados. A “geração diva” precisa perceber que os cantores, artistas e socialites são apenas seres humanos encapuzados com máscaras platônicas, editadas em programas de computador, como o Photoshop. Não há um modelo perfeito de pessoa e nenhuma intervenção cirúrgica, jejum ou automutilação trará tal perfeição.

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