quarta-feira, 3 de junho de 2009

O valor de uma amizade

“ Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito,
Debaixo de sete chaves...”


A amizade verdadeira, na qual temos total confiança no amigo, é muito difícil de encontrar, o individualismo predomina na maioria da sociedade, isolando cada um no seu recanto social gerando uma menor interação entre as pessoas.

A desconfiança que temos sobre tudo e todos à nossa volta, é conseqüência da maneira de vivermos orientados pelo velho ditado que diz: tempo é dinheiro, pois esse dizer faz com que passemos uns sobre os outros, como se os mesmos nada fossem. Essa atitude de determinadas pessoas nos decepciona e por conta disso criamos uma barreira contra novas amizades, pois aquela pessoa que se dizia ser um verdadeiro amigo e na qual tínhamos plena confiança nos renega de tal maneira que o valor da real amizade é perdido.

Porém, apesar de raro, é possível existir um verdadeiro amigo, aquele que o apóia, mesmo quando todos dizem não, que o entende só pelo olhar, o qual tem sempre uma palavra que o conforta nos momentos de tristeza, aquele que dá, mas não espera reciprocidade. Um amigo verdadeiro nunca se esquece do outro, mesmo com a distância, com o passar dos anos e todas as circunstâncias adversas, ele continua o amando.

Amigo é um tesouro, uma preciosidade e por isso devemos guardá-lo dentro do peito, debaixo de sete chaves, chorando, sorrindo, cantando e vivendo com ele, saber viver em comunhão é um dom de Deus e exercer a amizade é uma virtude, o amigo é um presente que damos a nós mesmos.

C R Ô N I C A


Estava caminhando, tranquilamente, pelas ruas de Fortaleza quando, de repente, vi uma multidão em torno de uma loja. No primeiro momento pensei que fosse algum acidente ou um assalto, algo que acontece a todo momento e foi exatamente por esse motivo, que resolvi não parar.

Porém, à medida que fui me distanciando, mais e mais pessoas se reuniam naquela multidão e aquele caso começou a me intrigar, ainda mais, quando percebi que todas as pessoas que saíam de lá ficavam pasmas ou riam muito.

Minha curiosidade foi maior que a minha pressa, voltei para analisar o acontecido, fui empurrando uma pessoa de cá, outra de lá, quando finalmente cheguei à cena: uma senhora de oitenta anos, que não conhecia muito a “tecnologia”, estava gritando, aos prantos e impressionada por ver o seu filho, que era um cantor de renome internacional, na televisão, à primeira vista achei normal, uma mãe super emocionada vendo o filho na TV, mas depois me dei conta do que, realmente, todos riam.

A velhinha não via o seu filho desde pequeno e entre um choro e um grito, brigava com o dono da loja, acusando-o de ter seqüestrado seu filho, e tê-lo prendido dentro da televisão, fiquei sem ação...