domingo, 19 de setembro de 2010

A busca da perfeição

A busca pelo belo sempre foi uma constante presente nas artes e na literatura. Até mesmo na pré-história existiram arquétipos de beleza. Naquela época, por exemplo, a mulher ideal tinha que ter o ventre e os seus volumosos, para desta maneira demonstrar a fertilidade da casa e da terra. Nota-se que o conceito de beleza muda de acordo com as exigências do meio, de período em período.


A globalização possibilitou uma maior intercomunicação entre as mais variadas culturas. Graças a ela, os muros imaginários das fronteiras foram derrubados, misturando assim: gestos, sons e estereótipos. Porém, essa mescla de costumes, não se deu de maneira uniforme, posto que os países mais influentes, como os europeus e os norte-americanos, sobrepujaram-se aos demais, contribuindo para tal divergência.


Os Estados Unidos, por exemplo, no século XIX, ditaram para o mundo um modo de vida baseado na beleza, na luxúria e no luxo, com a compra de carros, casas e a ida constante às festas, os americanos criaram o “American way of life”. Os cinemas e as novelas da época assimilaram e passaram a reproduzir esta maneira ilusória de viver. Entretanto, muitas pessoas começaram a se comportar e a se vestir, conforme os filmes, buscando desta forma uma perfeição divina, inexistente no planeta Terra.


A televisão e a internet, de tempos em tempos, criam e levantam para si deuses humanos, para serem copiados e adorados. A “geração diva” precisa perceber que os cantores, artistas e socialites são apenas seres humanos encapuzados com máscaras platônicas, editadas em programas de computador, como o Photoshop. Não há um modelo perfeito de pessoa e nenhuma intervenção cirúrgica, jejum ou automutilação trará tal perfeição.

domingo, 5 de setembro de 2010

Eleição com voto facultativo ou obrigatório?

A democracia moderna caracteriza-se, essencialmente, pelo direito universal à participação política. Porém, a Constituição Brasileira obriga a participação da sociedade no processo eleitoral, logo tais direitos e deveres presentes no mesmo arcabouço legal, se excluem mutuamente, por serem antagônicos. Devido a esta falha, alguns especialistas defendem o voto facultativo. Mas será que o verdadeiro caminho para uma eleição justa, realmente, é o voto não obrigatório?


As democracias de todo o mundo, na sua maioria, adotam o voto facultativo. No entanto, estas nações são bastante desenvolvidas nos campos da saúde, da segurança pública e da educação. O Brasil, apesar de ser um gigante no cenário sócio-político mundial, é um país desestruturado, com uma péssima infra-estrutura, no que se refere aos hospitais, à segurança e, principalmente, ao sistema de ensino. O votar por opção é um meio mais consciente e justo de eleição. Contudo, antes de uma reforma eleitoral, é necessária uma reforma educacional.


De cada cinco eleitores brasileiros, um nunca foi à escola ou é analfabeto. Infere-se que o nosso eleitorado é muito mal capacitado, logo o resultado de tais eleições é um produto da má formação da população. O voto precisa ser tido, não como uma obrigação, mas antes, como um direito, conquistado após muitas revoltas e mortes.


Contudo, a responsabilidade de cada eleitor não se resume ao voto. A cidadania precisa ser exercida de maneira diária, através da criação de projetos, da participação em câmaras e da reivindicação pelo cumprimento de todas as propostas de ação social. Ademais, o governo federal deve investir maçiçamente, na capacitação do eleitor, para que desta maneira haja um voto mais consciente e, conseqüentemente, uma eleição mais justa.

A violência no Brasil.

A revolução industrial ocorrida no século XVIII foi responsável pela criação de um novo modo de produção e organização. Os atuais grandes centros urbanos são um produto do intenso processo de urbanização, o qual trouxe consigo muitas indústrias, casas, trabalhadores e, também, problemas sócias, que maltratam e matam, diariamente, centenas de pessoas.

A questão da segurança pública é um assunto que se relaciona com o maior bem do ser humano, a vida. De acordo com dados do Ministério da Justiça, em 2007, foram registrados 41.547 homicídios dolosos. Esses números, tristemente, representam vidas que se transformaram em estatísticas de mortes. Por tudo isso, a violência precisa sim, ser coagida de forma ostensiva e cotidiana, caso contrário, ele vitimara mais e mais pessoas.


Entretanto, a violência é apenas um reflexo do descuido, por parte do Governo Federal, em investimento na área da educação e projetos de conscientização através do esporte e da música, por exemplo. A procrastinação dos problemas que perturbam a ordem social é um mal, que necessita ser cortado pela raiz, para que seja, de fato, solucionado.


A diminuição da violência não acontecerá de forma rápida, mas à longo prazo, por se tratar de uma questão cultural. A raiz de todos os males é a má direção do dinheiro público, o qual é aplicado, em grande parte, no combate, frente a frente, do problema. Porém é evidente que além da repreensão imediata, os governos devem objetivar as crianças, que são os futuros cidadão de toda e qualquer nação.