sábado, 19 de junho de 2010

O tempo...

“O tempo passa e o conto da vida se completa, sem disso darmos conta”, estas são palavras do escritor realista Machado de Assis, que expressa a nossa relação com a passagem do tempo. Assim como o vento, as horas passam diante de nós, levando os nossos entes queridos, os nossos bens, os nossos costumes e os nossos amores, os quais serão escritos, com a pena do tempo, nas antologias do passado.


Voltar no tempo é fisicamente impossível, isto só acontece nas epopéias fictícias. Porém podemos reviver o passado nos livros de História, por exemplo, e desta maneira analisar os prós e os contras de determinados movimentos e diante disso fazê-los lições para o nosso futuro. Contudo, temos que ter cautela, pois a historiografia, em certos períodos, foi feita por pessoas que se preocupavam mais com os seus próprios objetivos, do que com o fato real, a chamada historiografia positivista.


Mas, de qualquer forma, o nosso passado afeta, com toda certeza, o nosso amanhã. Mesmo que esse tempo transcorrido tenha sido efetuado por Napoleão Bonaparte, pois toda ação tem uma reação, a qual recai, direta ou indiretamente, sobre nós. Entretanto, não podemos ser saudosistas e ficar olhando somente para trás, antes de tudo, temos que planejar os nossos atos e ações visando o futuro.


Enfim, o tempo é uma grandeza física, que não admite valores negativos, não podemos apagar os nossos passados, mas podemos, constantemente, fazê-los. O tempo constrói, destrói, faz nascer e morrer, e nós somos agentes reflexivos, tanto passivos como ativos. Os minutos passam no relógio e a cada segundo leva em suas asas as nossas efêmeras vidas, mas nada nesse mundo, nem os grãos de areia, podem enterrar os nossos sonhos e conquistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário