Desde o fim da Idade Média, a informação vem se disseminando, a cada dia, mais rápido. A imprensa de Gutenberg propiciou uma maior democratização do conhecimento, revolucionando a historiografia e influenciando o modo de pensar. Do folhetim aos dias de hoje, os meios de comunicação se destacaram pela agilidade no repassar de fatos. Porém, a mídia, às vezes, abusa do direito à livre expressão e foge do dever para com a verdade.
Os sites, os jornais e a televisão são propriedades privadas num mundo quase que totalmente capitalista, por isso o maior objetivo dos empresários, instintivamente, é o lucro imediato. No caso dos meios de comunicação o ganho sobre o produto se dá através do IBOPE. Uma grande audiência, sonho acalentado por todas as emissoras, é conquistada por meio da exibição de filmes, músicas, novelas e ilusões.
Diariamente, mais e mais demagogias são escritas com a pena do sensacionalismo e da ganância, em programas televisivos e em páginas eletrônicas. Além das falsas verdades, a mídia perscruta e expõe as piores dores e sentimentos humanos. Vêem nas mortes, nos seqüestros e na miséria oportunidades de aumentar o IBOPE e ganhar mais cifras. Sobre a humilhação e o sofrimento de muitos, os meios de comunicação assentaram um império, o qual domina e manipula vidas e mentes.
Infelizmente, o abuso da informação, atualmente, é uma realidade. Contudo, o Brasil é um país democrático, dando assim, direito não só a liberdade de expressão, mas também, de escolha. Por isso, cabe a cada pessoa determinar o que porá diante dos seus olhos e ouvidos. É preciso selecionar e filtrar o que realmente é edificante, construindo, desta maneira, telespectadores ativos diante dos fatos.